terça-feira, 21 de setembro de 2010

Casamento

Com tanta gente a casar, é perfeitamente natural que me volte a vontade. Ele é a Pipoca, ele é a malta conhecida da Caras, este verão toda a gente deu o nó. Até a Dália Madruga diz que casou simbólicamente pela igreja com o namorado nº 22375. Pois bem, uma vez que se pode casar pela igreja sem se passar pelo civil, fiquei logo em estado de sítio. Porque eu também quero! Eu e o girassol somos ambos livres e desimpedidos, mas por motivos alheios à nossa vontade e que não são para aqui chamados,  agora não nos podemos casar pelo civil. Então vamos sempre adiando o casório, adiando, adiando…mas caraças, eu tenho direito a ter um dia só meu, de vestido lindo, maquilhadinha por um “pro”, direito à benção de Deus e uma festança de arromba. Vai daí que ontem eu e o gajo nos pusemos a falar disso. E …foi o descalabro! Porque ele, para começar não acha piada a ser apenas pela igreja, ao contário de mim, que a única coisa que me importa é ser abençoada por Deus. Depois para ele, tem que ir a família toda, mas parece que a família dele édemasiado conservadora e não aceita casamentos assim pela “metade”, ao passo que para mim, até podíamos ir só nós e a minha mãe, que essa sim, alinha em tudo e mais alguma coisa.
Depois ele acha que têm que nos atirar bagos de arroz e pétalas de rosa à saída, enquanto eu detesto essa coisa do arroz dentro dos olhos e da garganta das pessoas, que quase nos matam sufocados. E para culminar em beleza, ele acha que temos que sair da igreja num carro cheio de latas a dizer “casados de fresco” e ter uma lua de mel logo a seguir ao casamento, senão não vale como lua de mel. O que é que aconteceu? Passei-me. Eu posso casar em qualquer parte do país, dispenso convidados, passo bem sem me espancarem com toneladas de arroz e jamais me meteria num carro com latas a dizer que acabei de casar. E a lua de mel poderia ser quando nos apetecesse.  Posto isto, depois de muita risota e alguma fúria minha, decidimos mudar de assunto para a Carlotinha, a tartaruga que finalmente vai habitar a nossa casa.

p.s- se alguém souber de igrejas onde se celebrem casamentos apenas simbólicos e sem passar pelo registo, avisem!! No verão que vem é a minha vez!

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