sexta-feira, 30 de abril de 2010

Como pôr o Sócrates a andar #1

Inicia-se hoje uma rubricazinha aqui no blog. Até pode ser transformada em concurso, se a coisa pegar. E o prémio, meu Deus, irá ser bom! Portanto todas as sextas feiras, vamos dar ideias de como pôr o sr primeiro ministro a andar, do Governo, do país, quem sabe se do planeta. Uauau, não é? Pois. Mas não pode ser com um simples tiro, atentado, queda de avião, nada disso. Vamos ser criativos boa? Fazê-lo sofrer quase tanto como ele nos faz a nós, sei que é quase impossível, mas vamos daí tentar, 'tá?
A primeira ideia veio ontem do meu homem, é um bocado rebuscada, foi apenas testada em moscas, mas diz que é giro. Espeta-se a pessoa, neste caso o sr. primeiro (vénia) num cacto, neste caso dos grandes e com os picos gigantes, fica ali todo aberto, de olhos esbugalhados, ao sol. Depois com uma lupa gigante, faz-se o ponto de convergência entre a lupa e o sol, e oh, é vê-lo a esturricar, lentamente, cheirinho a queimado, o sol está quente, ainda vamos ter TGV, ainda? pense bem sr. primeiro.
E pronto, depois é deixá-lo estar ali uma semana.

Conto imenso com as vossas sugestões, está certinho? Vamos dar um fim condigno ao nosso Primeiro.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

E porque não?

Uma pessoa queixa-se da vida, dos amores, da falta de dinheiro, que isto e mais aquilo, que assim e assado, e que tal dar uma volta à coisa e parar com as lamúrias? Por muito que custe, às vezes as coisas acabam, mudam, desnorteiam e temos que encontrar de novo o rumo certo, o ritmo, a sensação de harmonia. 'Bora nessa? 'Bora!

Os blogs

Há coisas que acho desnecessárias, outras que não percebo em absoluto. E uma delas é o facto das pessoas colocarem comentários desagradáveis e de profundo mau gosto no blog das outras. Ora, vamos por partes. A blogosfera tem milhões de blogs, de todas as formas e feitios, para todos os gostos, sobre todos os assuntos que possamos imaginar. Ora, se uma pessoa calha a ir a um blog assim por acasinho e trunglas, não gosta dele, por que raio volta lá? E porque raio volta lá para dizer que não gostou? E pior, porque raio volta lá, diz que não gostou e ainda insulta a pessoa que escreve? Parece-me de loucos. Não no meu, que o meu é quase um blog só para íntimos, mas a outros blogs onde vou, aparece cada comentário mais desnorteado, mais deselegante, que até a mim, que sou uma forasteira, me causa algum mal estar.
Óbviamente, podemos não gostar do que lemos, porque o assunto não nos interessa, ou porque discordamos do que foi dito, mas pessoas, existem comentários positivos, onde podemos, de forma educada, dizer que não senhor, aquilo não nos soa bem, agora chegar lá e puta práqui e pirosona práli, deixem-me que vos diga que é mau, muito muito muito mau! Não para o dono do blog, que esse certamente e partindo do princípio que é uma pessoa decente, se está marimbando, mas para quem escreve semelhante coisa. Porque revela coisas graves, como mesquinhez, falta de educação , antipatia, e falta do que fazer, isto só para falar em algumas dessas coisas.
Claro está que essas pessoas normalmente são “anónimas”, não se sabe quem são, o que me deixa dúvidas…então uma pessoa perde o seu tempo, vai ao blog de outra, não gosta, chama-lhe inculta e filha da mãe, e…mas…então…volta lá outra vez, e outra e outra, só para lhe chamar nomes feios e dizer que aquilo não presta?!?! E passa a ir lá todos os dias, para quê?!?!
Se não gosta, buacccccc, nem mais uma visitinha, não seria mais lógico ser assim, meus amigos?
Mas não, há gente muito esquisita mesmo, tenho para mim que é gente sem princípios nem educação, cheia de inveja do sucesso ou dos pensamentos alheios, pois só assim se compreende tamanha alarvidade.
Mas como nem tudo é mau, também há o reverso da medalha, felizmente. E sorrisos , brincadeiras e desejos de sucesso. Como em tudo, também nos blogs a vida se cumpre.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Eu e a E.

Há dias encontrei uma amiga através do Facebook. Re-encontrei. Uma amiga que nunca perdi. Que sempre tive. Que tenho.
Conhecemo-nos na faculdade, tínhamos 20 anos, e estávamos pela primeira vez a viver em Lisboa. Tornámo-nos logo muito amigas. Ela é uma pessoa muito doce, um amor de miuda. Simples e sincera. Éramos como irmãs, sem segredos uma para a outra, apoiávamo-nos, divertíamo-nos muito. Quando o meu pai morreu, ela foi a única amiga que chorou comigo e me abraçou, duma forma que senti a tristeza toda no seu abraço e tive que me armar em forte para não nos desmoronarmos todas ali em frente ao resto do pessoal.
Depois a vida seguiu o seu rumo, saí de Lisboa, ela ficou por lá. Não nos encontramos há 15 anos. De vez em quando uma lembra-se mais da outra e liga, falamos um pouco, contamos os amores e os desamores, as doenças, as dietas, as novidades. Agora já não falamos há uns 2 anos. Mas penso muito nela.
Então procurei-a no facebook. E lá estava ela, numa foto desfocada, linda como sempre. Enviei-lhe uma mensagem, ela respondeu-me. Como se não soubessemos uma da outra há coisa de uma semana.
Há amizades assim, que nem precisam de contactos, de encontros, de telefonemas, amizades que existem , alimentam-se da própria amizade, que sempre existirá. Tenho a certeza que se encontrasse hoje a E. seria como se nos tivessemos despedido ontem, como se não tivessem passado 15 anos e não estivessemos umas cotas. Seria como se me tivesse despedido dela no 28 e lhe tivesse dito a sorrir, até amanhã.
Beijinhos,

Margô.

domingo, 25 de abril de 2010

25 de Abril

36 anos depois continuamos com comemorações sem jeito, discursos indirectos, homenagens bacocas, entrevistas ridículas e programas parolos e pobrezinhos. Temos o mesmo espírito que tínhamos, nada evoluiu. Continuamos pequeninos, pobrezinhos e acomodados. E cada vez mais perdidos.

Onde está o frigorífico?

Esta delíciosa história passou-se há uns 2 anos, mas como de cada vez que falo nela a gargalhada é geral, decidi partilhá-la convosco. Pois bem, nessa altura precisei de comprar um frigorífico novo. Vieram entregá-lo e o antigo foi posto lá fora, no pátio, perto do elevador, para o virem buscar para a reciclagem, ou algo do género.
Passado aí uns dois dias estava um papelinho no elevador, onde o administrador do condomínio alertava para termos cuidado, não pormos objectos nas entradas, pois à vizinha do 2º esquerdo tinham roubado um frigorífico usado que tinha à porta. O meu comentário e da minha mãe, foi “olha que treta, tinham levado o nosso, afinal já nem faz falta!”
Como o frigorífico continuava à porta, telefonámos para o senhor da loja, que nos disse, algo confuso, que já o tinham vindo buscar e já estava na loja dele. Vimos logo o que se tinha passado, os rapazes que tinham vindo buscar o frigo subiram até ao 2º andar, viram um frigorífico e levaram-no. O nosso estava um andar mais acima, no 3º esquerdo! Foi a risota!!
Lá vieram os desgraçados então trazer o frigorífico para o 2º andar, e subir ao 3º para levar o meu. Lá esclarecemos a situação e falámos com o administrador e com a vizinha. Ela não achou lá muita piada, eu achei delirante.

sábado, 24 de abril de 2010

Nas minhas deambulações pelo cyber mundo, apercebi-me que é um facto que nunca estamos satisfeitos com o que temos. Por exemplo, nós passamos a vida a queixar-nos do tempo, da chuva, do frio, do cinzento que tanto nos aborrece e ansiamos pelo calor, pormos as botifarras de lado e calçarmos a bela da sandalocha aberta, vestirmos calções, andarmos de pernocas e bracinhos ao léu, queremos sol, praia, arrumarmos as bases, os correctivos pesados, o blush, e ganharmos naturalmente o tom dourado que tem o aspecto de saúdinha. Já as nossas "irmãs" brasucas, que têm sol e calor o ano quase todo, anseiam pelo frio, para poderem usar botas e roupa mais quente. "Passam-se" com o calor e querem é andar de base e máscara de pestanas o dia todo, aborrecem-se porque o calor não as deixa andar muito maquilhadas, faz com o que cabelo fique ouriçado, impede o uso de perfumes fortes, e não lhes permite fazer as coisas que nós aqui na Europa fazemos ( às vezes contrariadas, mas fazemos, que remédio). E deve ser assim pelo mundo fora, uns querem os que os outros têm e outros têm o que os outros querem, c'est lá vie.

sexta-feira, 23 de abril de 2010



Esta é a eleita, a mais desejada. Matava por ela.
Oh sr. Sócrates & Companhia, se eu em Janeiro soubesse que, vendendo meia dúzia de acções, teria que lhe dar 20% sobre o preço das mesmas, não as teria vendido, certo? Certo.
Isto de mudar as regras do jogo a meio não tem piada e além de ilegal, é profundamente imoral, estamos entendidos?
É que uma coisa é certa, o sr. podia perfeitamente demitir-se, ir-se embora, desistir de ser um dos maiores filhos da puta e aldrabão deste país, mas não o fez. Posso perfeitamente compreender porquê. Agora eu não me dá jeito mudar de nacionalidade, de família, de país, deixar de ser a cidadã exemplar que sou, e passar a ser uma das suas. Porque não quero mesmo. Nem posso, por ser contra os meus princípios.
Podia fazer como a doce Inês de Medeiros, ir viver para as Seychelles, e tornar-me deputada, em Portugal é facílimo ser-se deputado, basta ver o exemplo da própria Inês, qualquer um pode sê-lo, e depois o sr. & a sua trupe tinham que me pagar 1 viagem por semana, mais o transporte do aeroporto para a minha casa, à beira mar, olhe que ainda eram uns cobres, mas não, eu sou uma pessoa séria sr. Sócrates. Ao contrário do senhor.

quinta-feira, 22 de abril de 2010



Esta querida dava-me um jeitão, ai dava dava.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Passo a vida à espera. Que me telefonem, que me venham buscar, que apareçam, que se lembrem de mim. Deve ser algo genético, a minha mãe também passou a vida dela à espera. Esperamos amores, esperamos milagres, esperamos contactos, sorrisos, esperamos que não nos mintam, que não nos magoem. Afinal todos esperamos essas coisas, mas eu dou sempre por mim à espera de algo ou de alguém. Porque ou crio demasiadas expectativas ou não sou capaz de tomar a iniciativa, virar a mesa e fazer eu própria algo. Que os outros não esperam de mim.


Hoje acabei de ler este romance. Escusado será dizer que adorei. Pelas emoções, pela sensibilidade, pelos silêncios.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Eu e a Cabovisão



Então foi assim:
Como no Natal ganhei de presente do meu amor fofo uma Tv digital, daquelas Lcd, grande e linda de morrer, achei que deveria pôr canais digitais e HD, para ver tudo assim lindamente e tudo e tudo.
Como sou cliente antiga da Cabovisão, pagava um balúrdio apenas por ter tv e internet, já que eles querem é angariar clientes novos, fazem-lhes preços que são uma pechincha e a malta antiga que se lixe e pague uma nota preta.
Como já devem ter percebido, isto de tecnologias para mim, é tipo falar mandarim, acho giro e tal, ah pode-se ter uma boxe e gravar programas? Que giro!...mas fico-me por aí. E fico-me muito bem.
Bem convencida pelo meu homem e farta de ser esmifrada pelos tipos da cabovisão, lá me dirigi a uma das lojas deles. Fui com medo, mas fui. Até me arranjei melhor e tudo, tal não era a nervoseira.
Fui simpáticamente atendida por uma rapariga, que me disse logo o contrário do que me tinham dito por telefone…mudar o contrato para o nome de outra pessoa que viva lá em casa e reduzir drásticamente o preço da mensalidade, não senhora, que era ilegal, nem pensar…fiquei um bocadinho confusa e comecei logo a transpirar, mas foi isso que me disseram pelo telefone, não fui eu que inventei essa imoralidade, disse eu com voz assim sumida…
Nah nah! Então a a rapariga, simpática, que era, arranjou-me ali uma solução, que fica entre o preço exorbitante que eu pagava e o preço de amigo para os novos clientes, uma coisinha intermédia, que ainda poupa uns bons euros por mês e inclui a dita cuja box, a que grava, aquela milagrosa, telefone com muitos minutos de conversa de borla e a internet. Achei a ideia boa, ao fim de um ano poupa-se muito dinheiro e pimba, lá assinei a papelada.

Eu sabia que estava para vir o mais difícil, que é a parte dos rapazes irem lá a casa instalar as coisas. Mas respirei fundo e esperei. Eles lá apareceram, atrasadissimos, como é costume, mas uma pessoa é tolerante, vá lá, nem 8 nem 80…
Escusado será dizer que estes moços a mim parecem-me todos iguais. Despenteados e com as cuecas a aparecer quando se baixam. O cheiro também não é dos melhores, mas pronto, as pessoas estão a trabalhar em esforço, dá-se o desconto…vá lá.
O local onde iria ficar o telefone foi logo o primeiro problema. Porque tinham que ter uma ficha e mais não sei o quê, que não dava para ficar onde estava, praticamente tinham que me passar fios pela sala toda, colados à parede, eu detesto fios, tenho pavor a ver fios, ai a minha vida…depois de eu, sempre educadamente, claro, dizer que assim não dava, que assim não queria, teria que haver uma solução e coisa e tal, o senhor mais velho e com mais bom senso, lá arranjou um local mais aprazível, onde a passagem de fios é mínima e o telefone não fica mal. Ufaaaaaaaaaaaa, respirei fundo.
O pior foi para ele ligar a pistola de silicone, aquela onde se mete o silicone sólido e ele sai liquidozinho, pronto a usar. Aquela pistola tinha mais de cem anos-cem! Nunca tinha visto coisa mais velha, toda a desfazer-se, e de cada vez que era ligada à corrente, pufff, o quadro eléctrico disparava e ficávamos sem luz. E eles, com cara de parvos, ahh, olha a luz foi-se, olhavam um para o outro, olhares vazios…e eu, com voz sumida…não teria sido de ligar a pistola? Ahhhhhh, pois foi, olha que chatice. E eu lá respirava fundo, bebia uma águinha, podia ser pior.
Depois da televisão e box e tudo isso instalado, explicou-me assim de raspão o funcionamento da coisa. Na altura até achei fácil e é, mas quando me atrevi a perguntar o modo de pôr aquilo a gravar, levei com um vá ver ao livro que é mais fácil do que explicar, e será, entendo que não possam explicar tudo detalhadamente a toda a gente, pronto, com tempo e paciência eu chego lá.
Ora, os senhores eram dois e só tenho falado num deles, onde estava o outro desde que chegou aqui a casa, onde? Refasteladamente sentado numa cadeira da casa de jantar, mal chegou, nem uma dúvida se se devia ou podia sentar, ora vamos lá masé descansar que o dia tem sido duro, deve ter pensado. E ali se manteve o tempo todo, a bocejar, a esfregar os olhos, a falar ao telemóvel, e a bocejar e a falar ao telemóvel e a esfregar os olhos e bocejar. Esse querido pediu-me o computador,a parte da informática era com ele, só para ver ali uma coisa, aquilo era automático, ele não tinha que fazer nada, nem se levantou, o computador é portátil, venha-mo cá trazer que estou cansado, pensou para os seus botões.
Não havia internet. Começou ali o grande drama. Tentativas e mais tentativas e nada. E ligava cabos e desligava, e nada. E deve ser o computador que ainda não assumiu não sei o quê, e eu a olhar, à espera, amedrontada. E nada de nada, net não havia. Houve ali uma hora de bocejos e esfreganço dos olhos e o computador, nem um soluço. Porque o router não era da cabovisão e ele assim não se entendia e mais não sei o quê… Ora, como o meu gajo percebe de ligações e essas coisas do demo, eu já levemente irritada, disse-lhe que seria boa ideia ligar-lhe e falarem, talvez ajudasse. Boa ideia. Lá falaram, o quê, não sei. Mas sei que lhe foi explicado tim tim por tim tim tudo o que fazer. De nada adiantou. Até que me disse,com voz sonolenta diga-me lá a senha do router, nem se faz favor, nem nada, ao que eu lhe respondi, dizer não digo, mas posso escrevê-la. E ele, ah pois, isso! Pois amigo, as senhas não se dizem a estranhos, para isso é que são senhas e são confidênciais, boa? E escrevia-a, muitas vezes. E continuavam os bocejos e os olhos quase fechados, até que eu lhe disse que tinha realmente pena de não ter café em casa, senão ia-lhe fazer um, porque o senhor estava nitidamente a morrer de sono. Como nem ele nem eu percebemos se eu estava a brincar ou se estava já irritada com aquilo, ele apenas sorriu e disse, meio a dormir, ora deixe lá… não se chateie. E a saga da internet contínuou por mais uma hora, é que se fosse um router da cabovisão tudo bem, agora assim, não conseguia, não era competência dele e eu, que ninguém me tinha dito que era necessário ter um router da cabovisão, que expliquei à rapariga simpática que o router era meu e ela não objectou nada e ficámos naquilo…e ele que não e que não, e eu que sim e que sim, se vêm fazer um serviço que o façam correctamente e daquilo não saíamos. Até que desisti. Tinham sido quase 3 horas naquilo, tinha mais que fazer, liguem lá um cabo que prefiro ficar sem wireless, depois arranjo quem me faça isso ( o meu gajo, claro), já que vocês são uns incompetentes. O senhor mais velho foi logo ao carro buscar um cabo, enquanto o doce rapaz da mosca tsé-tsé me disse que ia fazer a última tentativa, tipo, esta estúpida pôs a minha honra em causa, agora vou-me empenhar ao máximo. Lá rabiscou uns números num papel, seguiu pela milésima vez os passos que o meu homem lhe tinha indicado, escreveu os números no computador e …voilá!! Já tinha wireless!! Alegria das alegrias, o rapaz até parou de bocejar e sorriu. Eu quase que me esqueci das figuras que ele fez a tarde toda. E lá foram os dois, pelas escadas que o elevador é lento, sumiram-se. E assim acabou. Cabovisão, é sempre a mesma coisa, não é? Nunca aprendem, estes grandes queridos...

domingo, 18 de abril de 2010

O tempo esteve chato, choveu que se fartou e fez uma trovoada enorme...mas estive nos braços do meu-mais-que-tudo, por isso, o mundo podia acabar, que continuava tudo óptimo :)

sexta-feira, 16 de abril de 2010



Há bocado passei no blog da Cocó e vi este eléctrico, o 28 e bateu uma saudade tão grande! Quando fui estudar para Lisboa, fui morar em Campo de Ourique, bairro que amo, e foi no 28 que passei muitas horas, da casa para a faculdade, da faculdade para casa, apanhei muitas molhas em frente da Basílica da Estrela, a "secar" à espera do eléctrico. Durante as viagens tomei decisões, revi um amor antigo, sorri muitas vezes e chorei algumas.
No último Natal que passei com o meu pai, entes dele morrer, fomos os três, eu ele e a mãe à baixa de eléctrico 28. Parámos no Martim Moniz, fizemos comprinhas no Chiado, na rua Augusta, fomos lanchar à Suiça, é uma das mais doces memórias que tenho de nós três todos juntos. Uma entre milhares.
O 28 passava na minha rua, e embora o meu quarto fosse virado para o outro lado, ouvia-se sempre o 28, já sabia de cor as suas paragens, os seus "encravanços", a campainha que tocava quando algum carro estacionava nas linhas, até os condutores já eram conhecidos e por vezes faziam o "jeito" e paravam quando uma pessoa se atrasava e já o apanhava em andamento.Outras vezes, e como aquilo era velho e com poucas condições, vi muitas pessoas, incluindo eu, dar grandes malhos em pleno eléctrico!Mas o caminho tinha que se fazer, e aquele era o meu meio de transporte. Posso mesmo dizer que o 28 faz parte da minha vida, como deve fazer da vida de muita gente.
Agora que descobri ser uma rapariga "extremamente mimada", resolvi assumir tudo! Sempre "de rabo alapado no sofá", "à espera das coisas", que maçada, ainda engordo masé até aos 90 kgs e ganho calos no dito cujo...E portanto, a partir de agora é assim, assumidamente sentada, venha-me tudo parar às mãos, se faz favor.
Quero as malinhas giras e baratas da Pull & Bear, já que não posso comprar a que quero, porque é caríssima. Quero 3 pares de sabrinas para conjugar com as roupinhas de verão, que quero que sejam bastantes (e com as malas, obviamente). Quero as sombras da Chanel e um baton da mesma marca, só porque preciso muito, e este muito quer dizer já em desepero. E pode ser também um blush e mais qualquer coisinhas, vou pensar no assunto... Já que as alianças se estão a desfazer, quero uma nova, linda de morrer, assim modelito à escolha cá da je! (e tu usas uma igual, se faz favor, já que eu mando!)
Quero ir ao cinema ver todos os filmes que tenho na lista dos whises e quero passar umas férias maravilhosas num sítio paradisíaco. ( se for contigo, qualquer espreguiçadeira acompanhada por raios de sol e piscina, servem)!
Um dia, não tarda masé muito, sim, que eu sou a exigência que se sabe, quero um apartamento com vista para a ria, grande e com closet, varandas enormes e ares condicionados por todo o lado. Se for preciso contrata-se depois um alergologista para tratar as alergias, 'tá claro. E empregadas para limpar e cozinhar, obviamente. O carro por enquanto, não penso mudar, mas nunca se sabe, infantil e irreponsável como sou, qualquer dia quero um novo, dos das 3 argolinhas à frente...E preciso de mais malas e cintos, e sapatos e brincos e anéis, óculos escuros e cremes e spas e sei lá eu! Exigente como sou, deixem-me concentrar, que depois digo mais qualquer coisa...

P.S. Claro que ninguém percebeu o contexto deste texto, mas há coisas tão ridículas, que quero poupar os meus queridos leitores a elas. Fica assim um private text, em modo desafabo.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Depois do tempo de verão, do sol radioso, da temperatura abrasadora, vem esta chuvada, este céu cinzento, esta dor de cabeça...humpft!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Uma história mais...

E apaixonaram-se perdidamente. Mariana tinha em Rui a alma gémea, eram muito parecidos nos gostos, nos princípios, adoravam estar juntos e desfrutar da vida. Foram viver juntos poucos meses depois de se conhecerem, o que parecia ter acontecido há séculos.
Ela era gestora de empresas, racional, metódica, menos emocional, mas romântica, no entanto muito prática. Ele psicólogo na empresa onde ela trabalhava, mas nunca se encontravam. Muito emotivo, bem mais que ela, menos racional, emoções à flor da pele , sonhador, pés assentes na terra mas sempre a voar.
Os primeiros tempos foram maravilhosos, embora ambos já tivessem ultrapassado os 40 anos, pareciam dois adolescentes apaixonados, embevecidos. Surpresas, viagens a dois, aventuras, jantares românticos, prendinhas…
Mariana de vez em quando espreitava as gavetas de Rui e cheirava-lhe a roupa, de olhos fechados, como que a memorizar o cheiro. Dobrava as peças em cima da cama e ficava a olhá-las com devoção. Aquele pullover beringela que lhe ficava tão bem com o cabelo grisalho, aquela t-shirt azul que tinham comprado numa viagem ao Brasil, cheiravam tao bem, tão à Rui, acariciava as peças e voltava a guardá-las.

Ele começou a falar em filhos, adorava ter filhos e ela também se entusiasmou. Afinal era um sonho antigo, de ambos. Por outro lado estavam tão bem assim, só ela e ele, uma casa magnífica em Lisboa, decorada com carinho por ambos, donde se via o rio e cheirava a jasmim no enorme terraço, onde mais acima era a piscina. O trabalho que adorava, as viagens, as surpresas, o desafogo financeiro, aquele amor indestrutível, sempre a crescer.

Começou por guardar a t-shirt do Brasil numa mala, assim como assim estávamos no inverno e ele não ia precisar dela. Dobrou-a cuidadosamente, com carinho, cheirou-a, e colocou-a no fundo da mala. Dias mais tarde, quando estava a escolher um fato para mais um jantar a dois, reparou numa sweat-shirt que ele usava quase todos os fins de semana, da Lacoste, e rapidamente guardou-a também no fundo da mala. Bem dobrada, para não fazer vincos, à qual juntou a gravata preferida dele. Depositou em cima um saquinho de alfazema, feito e bordado por ela, com a inicial R e sorriu, satisfeita. Ele ainda protestou porque precisava da sweat e não a encontrou, mas ela disse que devia estar na máquina para lavar. Foram jantar.

O jantar era especial, ela reparou que Rui estava mais excitado do que era costume para um jantar de fim de semana e perguntou-lhe o que se passava. Ele respondeu que mais tarde ela saberia. E soube, quando ele a pediu em casamento, lhe ofereceu um lindissimo anel de diamantes, e a presenteou com o mais caloroso e apaixonado sorriso. Mariana quase morreu da tanta emoção, estava tão feliz que até tinha medo daquilo ser tudo mentira, coisa da cabeça dela…marcaram logo a data, tão entusiasmados estavam, seria dali a 6 meses.

Precisava agora de tempo para tratar de tudo, não andava nervosa, apenas feliz. A mala com as roupas de Rui estava a ficar cheia, precisava comprar outra. O cheirinho da roupa dele não lhe saía da cabeça, aquela nostalgia de ter as coisas dele ali à mão, a textura das peças, que ela sempre acariciava e olhava embevecida durante horas, antes de fechar a mala. Principalmente, as saudades. E aquela sensação vinda do nada de que o iria perder brevemente. E comprar mais roupa para ele, apesar de dar por falta das coisas e não se zangar…e não zangava,ele andava tão leve, tão feliz, a sua roupa desaparecia, provavelmente teria que despedir a empregada, já iam na terceira e esta também não era séria, roubava.

Quando faltavam 2 semanas para o casamento já Mariana tinha 5 malas cheias de peças de roupa, artigos de higiene, alguns livros, fotos, tudo de Rui. Praticamente a vida dele dentro daquelas malas. Andava também excitadissima com o casamento, tudo tratado, convites enviados, roupas de ambos escolhidas, hotel lindo marcado, só lhe tinha pedido a ele para a surpreender com o destino da lua de mel. Tentava abstrair-se da sensação de perda que vivia dentro dela, pois não tinha a menor razão para tal. Ele notava-a talvez mais pensativa, mais absorta, mas meus Deus, não era para menos, casavam ambos pela 2ª vez dali a 2 semanas! E ele também andava nas nuvens, feliz, atarefado, ocupado.

Faz hoje 5 anos que o Rui foi embora. Desapareceu uma semana antes do casamento, sem aviso. Dizem que se apaixonou por uma hospedeira de bordo sueca e foi viver para o estrangeiro. Mariana estava preparada, já pouco ou nada restava do Rui no quarto deles, no roupeiro, nas gavetas, na casa de banho. Nem chorou. Apenas pediu para ficar sozinha. No outro dia ligou às 5 empregadas que tinham sido despedidas e acusadas de roubo, pediu-lhes desculpa e entregou-lhes as 7 malas com os pertences dele.

Nas noites de verão vai para a piscina, deita-se na espreguiçadeira e ainda lhe cheira a Rui, ainda tem o seu perfume nas veias, o cheiro da sua roupa no nariz e a lembrança das lembranças dele na cabeça.

13/4/2010


Margarida S.

segunda-feira, 12 de abril de 2010



Este blog encontra-se fechado, por motivos inesperados. Espero que a tristeza dê tréguas para poder voltar. Até lá, cuidem-se.

domingo, 11 de abril de 2010

Numa relação entre pessoas, seja ela de que cariz for, há sempre compromissos, códigos, promessas, mesmo que veladas, para que as coisas funcionem bem, para evitar conflitos, mal entendidos, confusões. Sempre assim foi, e hoje, numa sociedade como a nossa, em que as regras são poucos, os princípios quase nenhuns, em que não se olha a meios para se conseguir fins, é essencial que as pessoas mantenham essa comunicação, essas regras, para que a relação corra o melhor possível, é assim uma espécie de " o nosso segredo". Cria mais cumplicidade, mais afinidade, é uma coisa definida pelos dois, é algo que não se pretende quebrar, é algo fundamental.
E quando alguém quebra a regra, fica aquela sensação para o outro de que já não é importante, de que já não é querido, de que a relação já teve melhores dias. Não sei explicar, mas dá um aperto no coração, uma tristeza..."Então e as nossas coisas, a nossa intimidade, como fica?"
A partir daí, aguentem-se como puderem, mas nada será igual. Uma vez aberto um precedente, as consequências serão para os dois e não há volta a dar.
A Gisele Bundchen foi ao casamento da irmã gémea, no Brasil e levou o filho, de 3 meses...vestido com um mini fraque! Mais uma prova de que dinheiro e fama não são sinónimos de bom gosto...Oh Gisele, filha, sinceramente!


Tenho tantas saudades de Lisboa. Mas de viver lá, abrir a janela do quarto e abraçar o rio Tejo todo, a água a brilhar, a ponte, aquela sensação de liberdade, o pôr do sol maravilhoso, que só Lisboa tem.
Lembro-me de estar calor e ir ao Bairro Alto comer caracóis, naquelas tascas magníficas que lá haviam. No fim ofereciam uma ginginha. Depois jantar e ir correr as capelinhas da praxe.
Dar longos passeios em Belém, tomar café no Vela Latina.
Andar na rua e ninguém me conhecer, não ter que cumprimentar as pessoas, ser só mais uma.
Ir de eléctrico, o 28, de casa até ao Chiado, descer a pé a rua do Carmo, comprar flores na rua e voltar a casa de eléctrico, ai sabia tão bem!
Tomar o pequeno almoço todos os dia no Canas, antes de ir trabalhar, nessa altura mesmo não sendo feliz, sentia-me feliz.
E a luz, só Lisboa tem aquela luz, indescritível, maravilhosa, que nos toca fundo, que nos faz sentir vivos, aquela luz de romance e desassossego, linda, linda de viver!
A vida dá tantas voltas, quem sabe um dia volto...

sábado, 10 de abril de 2010



Hoje esteve um dia magnífico! Fui dar uma volta à Nazaré, aquela terra da qual não me farto, aquele mar, aquela praia, aquelas rochas. Para fazer praia não vale nada, gosto é de praias com climas tropicais e águas quentes, mas esta será sempre uma maravilha da natureza.

quinta-feira, 8 de abril de 2010



Tenho andado o dia inteiro a pensar nestes queridos!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

I hate it!

Se há coisa que detesto, mas detesto mesmo é estar no salão da cabeleireira a ouvir os programas da tarde da Fátima Lopes! Passo-me mesmo. Não que eu veja, porque sem óculos não vejo nadinha e lá tenho que tirar as lunetas, não que eu perceba do que se está a falar, felizmente, mas as vozes, meu Deus, as vozes, principalmente a da querida Fátinha, são indescritivelmente asquerosas. Já dei a dica, assim como quem não quer a coisa, de que podiam ter uma musiquinha ambiente, um sonzinho, uma rockalhada, sei lá, o que elas quisessem, mas não, teimam em ter a televisão ligada aos berros e à hora que vou, pois tá claro, tenho que gramar aquilo. Haja paciência!! Poças!! Ouviste, Claudinha?!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Vi no jornal da Sic uns sacanas duns soldados americanos a disparar e a matar 11 pessoas e 2 crianças. Entre essas pessoas estavam jornalistas e as câmaras foram confundidas com armas.
As crianças iam na carrinha que foi ajudar uma das pessoas que ainda estava viva. Fiquei chocada, falavam num tom de " ah, acaba lá com esses filhos da mãe!" Parecia um jogo, uma brincadeira.
Detesto guerras.



Um livro com um tema muito interessante, a morte. Para os que ainda não experimentaram na pele perder as pessoas mais importantes da vida e para os que, tal como eu, todos os dias aprendem a conviver com a perda. Uma aprendizagem, dia após dia, ano após ano, mas a certeza e os depoimentos de que é possível ser-se feliz, no depois.

P.S- E por favor, preciso MESMO conhecer a Anne Germain. Dão-se alvissaras a quem me ajudar!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Foi muito bom, mas acabou-se! Gostei de pela primeira vez passar uma Páscoa com a minha "outra" família e de ter a noção de construir algo a dois, soube-me muito bem a sensação de conforto. E o sol brilhou!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Este ano o meu Benfica é só dar-me alegrias!! Só me apetece repetir a célebre frase do nosso querido Cristiano Ronaldo, "podem soltar os fogos", que hoje só dá Benficaaaa!


O tempo melhorou (finalmente!), está sol e mais quentinho...eu contínuo com frio, mas eu, enfim, só tenho calor quando o termómetro passa dos 30º!
A treta das mucosas ainda está seca, mas estou a tomar os medicamentos rigorosamente (inédito em mim), logo dá para ver que eu estava mesmo ressequidazinha e adoentada. O pior é que os comprimidos me dão um sono, um cansaço, uma astenia, delirantes...então estou em casa, oficialmente em casa, até ficar toda boa!
E espero ter e desejo para os outros uma óptima Páscoa, o que para mim significa ficar boazinha para ir a voar para a minha casa do norte, comer amêndoas e não fazer nenhum. Acabou a quaresma,(como se eu ligasse a isso!)e agora é tudo a desbundar, a comer, a beber, a ter férias, a fazer como os coelhinhos e a divertirem-se muitinho, ouviram?

P.S- Pensavam que ir pôr uma foto de gajas mamalhudas vestidas de bunnys? No way!