sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Sra D. Estela

Nunca na vida pensei dedicar-lhe um post, aliás, era a última coisa da qual me lembraria. Mas a vida dá muitas voltas e cá estou eu. Primeiro que tudo, Sra. D. Estela ( tia Estela, pós 25 de Abril), para lhe dizer que não lhe consigo perdoar. Eu sei que já passaram anos sem fim, que devemos perdoar a quem nos faz mal, sob pena de ficarmos amargos e do nosso coração ficar mais "pesado", mas confesso que, não consegui, até hoje. É como pessoa que não gosto de si, porque em quatro anos de escola primária, embora a mim só me tenha dado um estalo a duas semanas do exame da 4ª classe, via-a sempre bater, maltratar e humilhar, compulsivamente, os meus colegas, meninos que mal passavam do seu joelho e que nenhum mal lhe poderiam fazer. O único comportamento perigoso que tinham, era, de vez em quando escreverem país sem acento no i e fazerem os pontos finais mais gordinhos, coisa que para si, sempre foi passiva do maior castigo possível. Penso tantas vezes, em como teríamos sido todos mais felizes, se embora às vezes escrevendo um erro, lhe tivessemos visto um sorriso ou uma palavra de incentivo.
Há que lhe agradecer, todavia, a instrução exemplar que me deu. Graças a si, não dou erros, embora com isto da internet às vezes me baralhe nos acentos, tenho um vocabulário correcto e bastante abrangente, aplico bem a pontuação e leio todos os livros que me aparecem à frente. Subo paredes quando leio coisas dos jovens de hoje, mas sei que nem todos podemos ser bons nisto do português e acredito que hajam jovens que sejam óptimos na "coisa". É apenas isto que lhe agradeço, porque o resto, já ambas sabemos, que não havia necessidade nenhuma.

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