sábado, 5 de dezembro de 2009

Dizias

Dizias...

Dizias que era leve,

Nunca é leve o peso da vida

Dizias que era breve

Nem é breve,

Mesmo quando estamos de partida.

Colavas o teu corpo ao meu,

Sorrias com vontade de chorar

Que por mim morrias, que por mim matavas

Apenas o brilho dos teus olhos não me conseguia cegar.

Inventávamos sentimentos que nos amaciavam,

Que conseguiam acalmar a dor dos dia febris

Que são esses dias como ardis,

Do corpo e da alma

E do espírito,

Esse que nunca acalma.

Saciávamos apenas a carne moída, dorida,

Com gestos que, infâmes,

Carícias

Orgasmos

Palavras e silêncios…

Nunca é leve, nunca é breve,

o peso da vida.

Margarida S.

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