sexta-feira, 30 de julho de 2010

Dia chato

Hoje estou mal disposta. A minha mãe tem o pé ainda pior do que quando o partiu, portanto vai ter que continuar com o gesso por mais algumas semanas. Fiquei triste, principalmente por ela, que ia cheia de esperança de tirar aquilo. Parecia uma criança, com uma vontade louca de algo, mas com receio de não se concretizar. E realmente não se concretizou. O meu pé cada vez me dói mais, portanto tenho que ver isto. E dói-me a garganta. E tenho calor. E detesto dar trabalhos ao meu gajo, que tem que cuidar de mim e ainda ajudar a minha mãe. E o António Feio morreu e lamento profundamente. E tenho que respirar fundo, é o que é.

António Feio

Tal como o título dum livro que li, o António Feio deixou só de ser visto. Mas lamento, porque era um grande homem.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Out of Africa



O filme da minha vida, sem dúvida. Comovo-me sempre, arrepio-me sempre, choro sempre. Mesmo que já o tenha visto dezenas de vezes, como é o caso. A Meryl Streep devia ir directamente para o céu, depois de ter interpretado a Karen Blixen. E a música, é qualquer coisa para a qual não tenho palavras. Deslumbrante, tocante, divino.

Medo!

Está a mudar-se para o prédio um puto do mais barulhento. Mas insuportável mesmo! Hoje às 9h da matina já o ouvia espernear. E berrar, berra como se não houvesse amanhã. Noutro dia o pai deu-lhe porrada, que ele certamente mereceu, com aquela berraria, não merece ele outra coisa. Eu vi e fiquei logo mimimimimimi e tadinho do míudo e tal, mas retiro tudo o que disse, chicote com ele! É por isto que eu adoro bebés, mas já não acho piada nenhuma a miudagem...
A idade torna-nos impacientes, é o que é!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Serão

Gosto tanto quando ele adormece com a cabeça no meu ombro. Parecemos um casal de velhotes, jantamos, arrumamos a cozinha e sofá com eles. Depois ele adormece e eu fico a fazer zapping na tv ou a escrever aqui. Parece uma coisa parva, mas sabe-me tão bem esta cumplicidade, esta calma, este conforto.

Baptismo de Sushi



Ontem que foi uma noite especial, fomos jantar fora sózinhos, afinal era a nossa noite, e decidimos ir comer sushi. Nenhum de nós ainda tinha experimentado (ele enojava-se todo com peixe crú) e eu também nunca tinha tido oportunidade de experimentar. Adorámos! Eu tornei-me uma fã incondicional. Claro que tinha que dar a minha barraquinha e não atinei com os pauzinhos, há anos que tento comer com pauzinhos e nunca consigo, então vieram aqueles automáticos, aqui para a parola. Já o meu gajo parece que comeu a vida toda com pauzinhos, o sacaninha. Foi um jantar tão bom, soube tão bem deixar um pouco de lado as lamúrias da mãe com o pé partido, os médicos, as compras,a farmácia, os hipermercados, a vida lá fora e termo-nos posto bonitos e cheirosos e desfrutarmos dum bocadinho só para nós e só com coisas bonitas, positivas e saborosas, adorei! Ao longo do jantar ofereci-lhe um perfume e um relógio e sorrimos muito e demos muitos beijinhos imaginários. Afinal peixe crú é muito bom!

terça-feira, 27 de julho de 2010

Ai que calorzinho...

Pronto, está calor, finalmente. Está óptimo, como eu gosto. Não é à toa que sou alentejana, da terra mais quente do país. Adoro grandes "calmas", como no alentejo se chama ao calor, e noites quentes, daquelas de dormir nuzinho, só em cima da cama. Gosto tanto de calor, que hoje de manhã me tapei com um edredon e quando acordei, pensei que tivesse morrido e estivesse já no caldeirão dos infernos!

One...two!




Parabéns a nós ursinho! Estou tão orgulhosa de mim, de ti, de nós!

domingo, 25 de julho de 2010

AVC

Quando eu tive o AVC (acidente vascular cerebral), apanhei um valente susto, um dos maiores da minha vida. Estava eu uma bela noite, há cerca de 7 anos, a ver televisão, eram onze e tal da noite dum verão tórrido, quando começo a sentir um formigueiro na mão. Não liguei e meti mais uma batata frita na boca e ia mudar de canal…quando o formigueiro se estendeu ao braço, e depois à perna. Demorou uns 30 segundos, talvez. Como eu tinha tido ataques de pânico, pensei que fosse mais um e achei por bem levantar-me e ir até à casa de banho, onde a minha mãe estava a tomar duche. Não me consegui levantar, era como se não tivesse perna. Nem é que a perna não tivesse força, simplesmente era como se ela tivesse “morrido”. O braço também ondulava dum lado para o outro, sem qualquer tipo de controlo. E eu apercebi-me imediatamente o que se estava a passar. Em questão de segundos berrei de tal forma à minha mãe, que quando dei por mim ela estava ao meu lado. “Mãe, estou a ter uma trombose”, disse eu, com a voz sumida. Pedi-lhe um copo de água com açúcar, pois estava quase a perder os sentidos, mas nunca os perdi. Fechei os olhos e aguentei. Quando os abri estava completamente zonza e tonta. A minha mãe chamou um médico amigo, que em 3, 4 minutos se pôs cá em casa. Obrigou-me a levantar, ajudando-me, mas eu não tinha força nenhuma na perna e estava completamente tonta. Deu-me um calmante e levou-me para a cama, onde me mandou repousar. Eu só perguntava o que é que me estava a acontecer, aflita. Ele disse-me que devia ser uma questão nervosa, mas que dormisse e no dia seguinte tomaríamos providências. Eu dizia que não, que os ataques de pânico nunca me tinham feito aquilo, que não podia ser. Ele teimava que sim. Eu que não. Só nesse momento chorei.
Efectivamente adormeci e no outro dia já tinha recuperado os movimentos, menos os da perna, ainda coxeava e arrastava a perna. Seguiu-se uma tac, uma ressonância magnética e o veredicto de que tinha sido realmente um avc. Depois foi interiorizar aquilo tudo. Como uma pessoa com 30 e poucos anos, em segundos pode perder a vida assim, do nada. Como haviam no hospital em Coimbra tantas pessoas mais novas do que eu com o mesmo problema, mesmo desportistas e adolescentes. Foi agradecer a Deus por estar viva, por poder ver a minha mãe, por não ter ficado com sequelas, porque a perna depressa se pôs boa, com algumas sessões de fisioterapia. Foi agradecer poder falar, comer, rir, andar, ficar igual ao que era. Igual não, que igual nunca se fica. Fiquei diferente, mais bem disposta, com mais vontade de aproveitar cada segundo de vida. Aquelas coisas que não têm importância nenhuma e que nos chateiam profundamente, esqueci-as. Não me chateio muito com o que não é absolutamente importante. Valorizo imenso as coisas positivas, mesmo que sejam mínimas. Fiquei mais “leve”, mais sorridente, mais disposta a viver, sem medos. Aprendi coisas muito importantes às quais não dava valor nenhum. Passados alguns meses, deixei de ter medo de estar sózinha e de me voltar a acontecer aquilo. Os ataques de pânico acabaram. Parei de chorar no ombro da minha mãe. Tornei-me mais livre e mais feliz. Mais forte, para o bom e para o mau.

sábado, 24 de julho de 2010

Calor!

Até terça feira vai ser assim, calor, sol, tempo óptimo. Para os que podem, é ir para a praia, mostrar os bikinis e ganhar aquele bronze que adoro e que este ano não pude ter. É ir, é ir! E divertir :)


Não gosto particularmente desta música, acho pirosa, nossa Ágata faria parecido, mas o vídeo é engraçado enquadra-se no momento que estou a passar, onde a palavra chave é SAUDADE!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Coisas da idade

Para dizer a verdade, na nossa cabeça os anos não passam. Aos vinte ou aos quarenta anos, alteramos muitas coisas na nossa vida, outras alteram-se por obrigação, mas a nossa personalidade mantém-se. Damos pelas mudanças no corpo, zangamo-nos com o quilos a mais, a perda de elasticidade na pele, os cabelos brancos, as dores nos ossos, a falta de energia para fazermos a trinta mil coisas a que estamos habituadas. Mas há coisas que eu noto também estaram diferentes. Por exemplo, adoro brincos. Ao longo da vida tive milhares deles. Compridos, curtos, de cores, de ouro, prata, de fancaria, qualquer coisa que fosse gira, marchava. Hoje em dia uso apenas um par, umas bolinhas de brilhantes, oferecidas pela minhã mãe. Com os aneis era o mesmo, tenho dezenas deles, mas uso apenas um de oro branco e brilhantes, oferecido pelo meu gajo.
Com a roupa passa-se o mesmo. Se dantes tinha 10 pares de calças, mais 20 vestidos, mais 50 camisas, mais 100 t-shirts, uns mais baratos que outros, mas nada de caríssimo, hoje em dia prefiro ter 2 ou 3 pares de calças, 3 ou 4 camisas, um ou 2 blazers, tudo mais clássico, mais caro e mais intemporal. Com as malas ainda sonho , tenho 4 ou 5 assim mais baratuchas, mas o futuro é ter apenas uma, das caras, que valham a pena e durem uns bons anos. E assim sucessivamente, vai-se pensando de forma diferente, optando mais pela qualidade, mais pelo clasissismo.
Pois é, a idade é uma coisa terrível!

Zanga

Ontem à noite zanguei-me com a minha mãe. Se ela continuar a insistir que a limpeza da casa é mais importante que as melhoras dela, então desisto eu de a ajudar. Em vez de estar sentadinha, com o pé em repouso, ontem à 1h da manhã queria ir lavar a varanda e os arames onde se estende a roupa, para depois estender. Mas não era ela que fazia isso, eu fazia e ela supervisionava, que é o mesmo que dizer eu fazia e ela chamava-me inútil umas 50 vezes. É claro que eu ralhei, ralho sempre quando ela faz disparates. Fico parva como é que para ela o menos importante é o pé, mas sim a limpeza e a arrumação da casa. Depois faz-se de vítima, faz beicinho, faz birra. Hoje estou eu de trombas, é oficial, estamos chateadas!

quinta-feira, 22 de julho de 2010





Como é só uma semaninha, ficavas zangado se fossemos para aqui?

Casório

Tinha lugar mais um casamento e eu não dizia nada, não queriam mais nada, pois não? Pois nosso Ricardo Pereira lá se casou com sua Xica, eu juro que não estava entre os 400 convidados, mas vi fotos na Caras, e como eu adoro casamentos, até me comovi um bocadinho. Com o nervosismo do Ricardo, a frescura da Xica, que ia giríssima, o vestido era lindo, próprio para uma miuda nova, vaporoso, a faixa na cabeça ao principio estranha-se, mas dá um ar hippie, e principalmente porque me pareceu que o casamento foi realmente uma festa, nada de ambientes pesados, os noivos riram muito, e estavam obviamente apaixonados.
E eu cheia de inveja, porque o raio da coisa casadoira ainda anda no ar!

Saudades

Já com a TPM passada, mais calma, o que me atormenta mais são as saudades. Tuas, ursinho. Dava tudo para poder ir a voar ter contigo. Já me estou a ver de asinhas, esvoançado pelos céus e só aterrava nos teus braços. E apertava-te assim tantinho, até ficarmos dos dois roxos. E ficava a olhar para ti horas seguidas, que esse verde dos teus olhos tem o poder que me confortar o coração. E fazia coisas pornográficas contigo até cairmos para o lado. E nunca te largava a mão. Nem largo, mesmo longe de ti. C'um camandro, estou mesmo lamechas, poças!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Power Balance



Eu realmente vejo toda a gente com umas pulseirinhas em silicone e uma bolinha no centro, mas cabeça no ar como sou, pensei que fosse mais uma moda, um amuleto qualquer, todos os anos inventam algo para gastarmos dinheiro. Afinal tudo o que vejo deve ser dos chineses, porque estas são as verdadeiras, foram criadas por um cientista da NASA e servem para equilibrar o campo energético do corpo e assim aumentar a força, o equilíbrio, a flexibilidade e a concentração. C'um camandro, já me estou a ver a subir montanhas sem vertigens, a andar 50 kms sem sequer abrir a boca, a ler 3 livros por dia sem sequer suspirar! Quero uma, já!!

Cântico Negro

Algumas pessoas perguntam de quem é a frase que tenho no cabeçalho do blog. É uma frase dum poema do José Régio, poema esse que adoro, com o qual me identifico muito e que é esta delícia, chamada Cântico Negro

"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe

Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...

Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...

Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Por falar em tradição...

Se eu me chamasse Cristiano Ronaldo e tivesse um filho, mesmo que quisesse perpétuar a tradição, mesmo que ganhasse muito dinheiro com isso, mesmo que me dissessem que o mundo ia acabar amanhã, NÃO punha o mesmo nome ao miudo. Há erros que não se devem repetir. Jamais!

A tradição já não é o que era



Lembram-se de que quando alguém partia uma perna, um braço ou coisa que o valha, era o máximo escrever mensagens e rasbiscar o gesso? Quantas vezes eu, criança inconsciente tive ciúmes da partidela de alguém? Algumas. Era tão giro fazer dedicatórias e desenhos malucos no gesso! No da minha mãe, que é a perna até ao joelho, havia imenso espaço para a imaginação,mas népias. Pôem uma rede por cima, e mais uma gase e só se se fizer com canetas de feltro super grossas. E ela não quer, que não, que sendo velhota é ridículo, e mimimimi. Eu nem lhe toco naquilo, mas fico roídinha, pois algures dentro de mim está um Picasso!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Exigentezinha

Desde que a minha mãe partiu o pé, isto tem sido um descalabro. Como ela é uma simpática e um doce, pensava eu que me podia "relaxar" um bocadinho...Engano!! A toda a hora pede algo, "traz-me isto e traz aquilo", a casa tem que estar arrumada e a brilhar! Não há cá cozinhas que possam ficar desarrumadas, não há cá casas de banho que possam não brilhar, não há cá roupa que possa ficar desarrumada, isto tem que andar perfeito. Mas doem-me as costas, os pés, ando toda rota. E tenho uma TPM do tamanho do mundo. E o tempo está de chuva. E tenho saudades do meu homem, tantas, tantas. Vai daí para me vingar, hoje fui à perfumaria e comprei um miminho para mim, que mereço!

domingo, 18 de julho de 2010

Delírio



Agora é este grande querido o último a despedir-se de mim, antes de dormir. É óptimo e recomendo, escrito magistralmente.

sexta-feira, 16 de julho de 2010



Este foi um dos meninos que me fizeram companhia nas férias. E diverti-me muito com ele, ólarilas!

Para a Patrícia

Durante a infância adoravamo-nos. Quando eu ia ao alentejo, ficavas horas colada ao telefone à espera que a avó avisasse que tínhamos chegado. Brincávamos como malucas. Querias que eu só gostasse de ti e só fosse tua prima. Fomos muito amigas. Crescemos em cidades diferentes e nem por isso nos afastávamos. No funeral do meu pai, como já fazia algum frio, vesti um kispo teu, preto. Tinha o teu perfume, e lembro-me que foi um aconchego para mim ter o teu cheirinho por perto. Nos dias que se seguiram, a primeira vez que dei uma gargalhada, foi por causa duma piadola que fizeste. Ficámos ambas admiradas, eu por ter gargalhado, tu por me teres conseguido fazer rir daquela forma.
Vi a minha mãe passar fome por tua causa, mas não me importei, gostava muito de ti. Sempre foste a minha prima favorita, talvez pela pouca diferença de idade que temos.
Casaste e mudaste. Eu também mudei. Penso que te zangaste comigo, não sei porquê. Fomo-nos esquecendo uma da outra.
Vi-te noutro dia no Facebook. Nunca foste muito bonita, mas na foto estavas muito gira e serena. Não somos amigas há alguns anos, nunca mais seremos. Mas fomos, e isso é que importa.

Férias?

Por falar em Algarve, não me lembro de ver tanta gente na praia, em Julho, como este ano. Provavelmente a malta levou a peito o pedido do Cavaco Silva e este ano ficou tudo por Portugal. Para meu desagrado a praia estava cheia de putos ruidosos e casais na marmelada. Nada que tenha perturbado os meus 4 dias de praia, mas prefiro mais sossego e silêncio.
Mania minhas, claro!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Detesto tipas com tatuagens. Nas pernas, nos tornozelos, no pescoço, no peito, nas costas,seja onde for, é horrivel. Blerghhhhh

Shame on me!

Vá, confesso, nas curtas e acidentadas férias, esqueci a dieta. Comi bolachas, gelados (dois cornetos dos novos, que sabem pela vida), rebuçados, o que me apeteceu. Mas é entrar pela porta de casa, não sei o que me dá e volta a fúria para me pôr novamente mais magra e menos "grávida". Na minha cabeça começa uma contagem automática de calorias, vejo a imagem duma daisyzinha magrinha e pronto, é agora que vou (re)começar a luta pela magreza perdida, ai é agora, é!

...E foi assim...

Alombados os 400 e tal kms que me levaram à casinha do Algarve, precisei aí duns dois dias para me recompor. Depois começou a rotina que tanto adoro. Levantar, comer, praia. Casa, comer,um pouco de televisão, cama. Cama, ler, dormir. E assim sucessivamente. É desta forma que me recomponho do ano e do inverno. Sem noitadas, nem saídas, apenas isto me consegue pôr como nova. Na praia relaxo totalmente, espreguiçadeira, água, água, espreguiçadeira.
E este ano, esteve realmente um tempo maravilhoso, especialmente para mim, que adoro calor. O termómetro chegou aos 40 e tal graus, o mar estava morno, as noites eram o inferno para quem, como eu, não tem ar condicionado, mas é aquele infernozinho bom (digo eu agora, já voltada ao clima normal do centro do país, cheia de frio, portanto).
Tudo corria bem, até a minha mãe dar um grande malho na rua e partir um pé. Ao principio era apenas uma queda, um joelho esfolado, um pé que doía, mas rapidamente vi que era coisa para hospital. Fui ao local e desse, ao ver-se o pé partido, fui para Faro. Não tenho que reclamar dos hospitais, foram rápidos e eficientes. Antipáticos como tudo para levar a senhora do carro para o hospital na cadeira de rodas, portanto tive que ganhar força de braços e lá vou eu, esperando ter força para a levar sã e salva, sem lhe partir mais nada.
Gesso até ao joelho e nada de apoiar o pé no chão durante 3 semanas. Férias acabadas, portanto. Porque por mais que a casa seja minha, por mais que eu me apetecesse ir para a praia, por mais que eu gostasse de calor, não era capaz da deixar sózinha, parte-se-me o coração vê-la agarrada às canadianas, a fazer tanto esforço para tentar dar uns passinhos, fui incapaz de a largar.
Viemos portanto para cima ontem. E eu, na véspera dela cair, comecei a ter uma dor num pé, tenho o pé todo inchado, acho que este verão vai ser um rol giro de maleitas, vai vai! Humpfttttt

Regresso

Voltei, meus queridos leitores! Confesso que já tinha algumas saudades deste cantinho, ah pois tinha. As férias não foram nada como programado, para dizer a verdade correram mal, apenas um ligeiro bronze, nem para descansar deu...mas depois conto-vos tudo tim-tim-por-tim-tim.
Até!

sábado, 3 de julho de 2010

Férias

Aos meus 10 ou 15 leitores do coração, um até breve, pois vou de merecidas férias. Sei que ficam bem entregues. Até logo...

Palavras

Dizes que digo o que me vem à cabeça. Nada mais errado, digo apenas aquilo que quero. Tenho um filtro automático, não sai nada que não queira dizer. Algumas vezes ficam é coisas guardadas. Coisas que sei que magoavam os outros, coisas incómodas, coisas que não era hora de dizer.
As palavras são o que mais precioso tenho, o que mais prezo, aquilo com que me dá mais gosto brincar. Sempre mantendo os meus códigos de honra e conduta, uso-as a meu bel prazer, quais pérolas preciosas, muitas vezes raiando o limite da brincadeira e do non sense, do riso e da liberdade que me caracterizam.
Não tenho amarras, as minhas únicas amarras são as pessoas que amo. Mas nem por elas deixo de usar as minhas palavras, que me distinguem dos outros. Que tal como os meus silêncios, são preciosas.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Mudança

Teve que ser, livrei-me do cor de rosa! Ah ah! Consegui!! Desde pequena é a minha cor preferida em quase tudo. Ele são os bikinis, os chinelos de praia, os de quarto, camisas de dormir, escova de dentes, enfim, até a mala de viagem é violeta. E aqui o estaminé também estava rosinha, que enjoava. Assim fica mais clean, tem mais a ver comigo. Qualquer dia mudo outra vez.

Sonhar



Ando a sonhar muito. Demais. Cansa-me sonhar tanto, viver tanta coisa em tão pouco tempo. Às vezes voar, outras cair, outras até morrer. Estar doente, voltar a estar com o meu pai e até casar. Estar perto e longe, com gente que não vejo há décadas, outra que nem sei se existe. Em poucas horas viver tantas vidas, tantas aventuras. E acordar no mesmo sítio, à mesma hora, sózinha, sem os fantasmas dos sonhos. Cansa-me sonhar tanto.

Férias?

E aqui estou eu num dilema. Mais um. Está na hora das férias, de praia, o único sítio onde consigo realmente relaxar e passar uns tempos fantásticos, porque sempre adorei praia. E quando falo de praia, é Algarve, o único sítio no país onde faz tempo digno de verão e onde a praia, pelo menos para onde vou, é boa boa boa, com calor, nada de ventos, nada de céu nublado e água mais quente. A casa também é minha, portanto vou quando quero e me apetece. O problema são os 400 e tal kms para lá chegar, é carregar o carro, é ir só com a minha mãe. Nada de braços de homem para me carregar as malas, nada de ajudas para alombar com os 450 kms, é conduzir até já estar dormente. É chegar lá e ter que limpar a casa, ter que fazer camas, ter que verificar se todos os electrodomésticos funcionam, é ir ao supermercado, enfim, é cansativo. E o meu homem a trabalhar, lá na casa dele e eu cheia de saudades. Por isso, antes de ir ando sempre no dilema, vou-não-vou-vou-não-vou. Toda a gente me diz "ai, quem me dera ter uma casa no algarve", mas eu preferia ir para um hotel, não ter que ir carregada de lençóis, fronhas, toalhas, roupões de banho, secador, e um monte de tralha que é necessária. Era um hotel e a roupinha do corpo, isso eram realmente férias.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Babyliss



Então é assim, para caracóis, esqueçam. Tenho é pachorra e nem custa nada alisar muito bem, como já é fino ajuda e fica lisinho, super brilhante, com um toque diferente, mais suave, mais bonito.

Isto é brincadeira, certo?

Aproxima-se um fim de semana e o tempo voltou a parecer Outono. Céu nublado, ares de chuva, brisa mais fresca. Estamos em Julho, JULHO, mês de Verão, senhores que regulam aí o estaminé. Há pessoas com férias marcadas, dinheiro gasto, vamos lá a atinar, senão é coisa para nos zangarmos à séria! 'Tá???!

Cem e-mails de amor e um de ódio

Noite sim, noite não, ela deitava-se e já tarde na noite, escrevia-lhe uma carta de amor. Durante a noite os sentimentos estavam mais vivos, falavam melhor a linguagem dos amantes, fluíam naturalmente. Sentada na cama, computador no colo, uma enorme taça de gelado ao lado, ela escrevia o que lhe ia na alma, revelava sonhos, alimentava a paixão que lhe consumia os dias, o corpo e a mente. Depois enviava-lhe o e-mail, advinhando a alegria e o prazer que lhe dava. Alimentavam assim uma imensa paixão virtual, que tinha começado na realidade, quando ele lhe tirou a vez na caixa do hipermercado. Isso gerou uma troca de palavras azedas, seguida de pedidos de desculpa, e um convite inesperado para um café, mesmo ali, no bar do hipermercado. Daí à troca de e-mails foi um passo. Foi dele que partiram todas estas iniciativas, logo ela via-se na obrigação de retribuir, da melhor forma que sabia, escrevendo. E escrevendo sobre o sentimento que se foi apoderando dela, primeiro suavemente, depois duma forma completamente inequívoca, palpitante, pungente. E as retribuições dele ainda mais a faziam acreditar, querer aquele homem para si. Noite sim, noite não, ela fazia-lhe juras, promessas, revelações, cenários doces e cheios de esperança. Esperando dele o próximo passo, o pedido de concretização daquele sentimento, o cheiro dele no dela, o ombro dela no dele. Passaram assim meses, naquela dança de mails, de convites velados, de propostas silênciosas, aumentando a excitação, a esperança, a ansiedade. Sentia-se feliz, quase preenchida.
Um dia ele traíu aquela paixão. E ela, sentada na cama, muito direita, sem ainda ter tocado no gelado, enviou-lhe a primeira carta de ódio. A primeira e última carta de ódio. Depois comeu o gelado, fechou os olhos e adormeceu.
Quando o marido voltou do turno da noite, no bar onde trabalhava tapou-lhe os ombros descobertos e depositou um beijo na testa desta mulher que amava.