quarta-feira, 30 de dezembro de 2009


O casamento dos cidadãos portugueses

Acho muitissimo bem. Todos os cidadãos têm direitos alienáveis e o casamento é um deles. Faz parte da intimidade e é um direito que todos podemos dever exercer.

Há quem concorde, há quem se oponha, mas é um facto. E ninguém deixa de ser cidadão tendo em conta a sua orientação sexual. Até aqui tudo bem, tudo em ordem. Refiro-me ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, recentemente aprovado pelo Governo.

Mas…há pessoas, e penso que não serão tão poucas como isso, que não são consideradas cidadãos de Portugal. Refiro-me aos deficientes, pessoas que infelizmente têm problemas de saúde que as incapacitam para trabalhar. Nem todos as pessoas que têm deficiências entram neste “bolo”, pois estou a falar particularmente de pessoas que recebem uma pensão social do Estado, ou por não terem bens ou rendimentos ou por não terem descontado tempo suficiente para a Segurança Social, se chegaram a trabalhar.

São pessoas, mas não cidadãos, que recebem pensões mínimas, que nem chegam aos 300 euros por mês. São pessoas que têm que comprar medicamentos, cadeiras de rodas, fraldas, pagar fisioterapias, médicos, lares, enfermeiras, e tudo o mais que possam imaginar. Além de que, como pessoas que são, deveriam ter direito a viverem com o estatudo de pessoas humanas. Vestirem-se, calçarem-se, comerem e distraírem-se como todas as outras. Terem casa, água, luz, telefone, mobílias, carro, computadores, etc. Mas não…nem cidadãos são. São apenas pessoas doentes.

Há pessoas casadas, que por uma qualquer partida da vida, ficam incapacitadas, têm direito a esta pensão, são casadas há anos… têm duas opções, ou se divorciam ou a perdem. Será isto justo? Onde está a dignidade e o respeito pelo ser humano? É no mínimo, ridículo, inqualificável.

E não estou a falar de mendicidade. Estou a falar de gente inteligente, de boas famílias, que possivelmente estudou, tirou um curso universitário, já teve uma vida cómoda, nem toda a gente deficiente é atradasa mental, com todo o respeito que eles me merecem. Estou a falar de gente que todos os dias encontramos na rua, que se calhar até vive no prédio da frente…

Pois bem, estas pessoas, que não são cidadãos de Portugal, não se podem casar com alguém que ganhe o equivalente à exorbitante quantia de metade do ordenado mínimo nacional. Leram bem, 50% do ordenado mínimo. Se casarem, é-lhes imediatamente retirada a pensão. Porquê? Porque é o Estado que lha paga.

O Estado, liderado pelo Palhaço, esse senhor tão bem descrito na crónica do Mário Crespo , o senhor que nos rouba, que se enche a ele próprio e aos amigos saloios, que não sabem escrever , nem falar correctamente, mas por pertencerem ao partido, foram parar às grandes empresas, que adjudicam o Tgv, as autoestradas, a industria farmaceutica. O senhor que vem falar no modelo finlandês, que vem falar de justiça social, (ele saberá os direitos dum deficiente na Dinamarca ou Suécia?) O senhor do freeport, das escutas apagadas, o senhor que tirou um curso que não existe, e foi colega de outros senhores que fizeram o mesmo, faz birra porque quer maioria absoluta e precisa dos votos dos gays e das lésbicas para roubar ainda mais e patrocinar melhores vidas aos amigos e colega e a ele próprio.

O senhor que paga rendimentos de reinserção social, rendimentos mínimos, rendimentos de toda a ordem a quem apenas não lhe apetece trabalhar, oferece computadores, paga para que étnias diferentes se insiram na sociedade, quando essas étnias não se querem inserir em absolutamente nada.

O casamento é um direito alienavel de todos os cidadãos. Concordo. E os que recebem a miserável pensão social? Não são cidadãos? Não têm direito de se casarem com quem eles muito bem entenderem, só porque esse alguém ganha mais que o ordenado mínimo? É pecado ou crime casarem com alguém que até que até ganhe bom dinheiro? É um crime maior que mentir, roubar e enganar milhões de pessoas, pessoas que, deveriam ser todas, sem excepção, considerados cidadãos Portugueses?

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Medicamentos em Unidose

Todos ouvimos falar, assim de raspão, porque convém não se falar muito destas coisas, nas unidoses, que seriam vendidas nas farmácias, uma vez que as pessoas não precisam de comprar caixas cheias de alguns medicamentos, quando só vão tomar 3 ou 4 comprimidos. Isto foi falado na Assembleia da Republica em Julho e a lei foi aprovada.
Quase todos os portugueses têm verdadeiras farmácias em casa, amontoam caixas de medicamentos, desperdiçam dinheiro inutilmente, quando seria mais lógico comprarmos unidoses, tomarmos só aquilo que precisamos, e principalmente, uma vez que vivemos num país de fim de mundo e somos pobres, pouparmos dinheiro.
Mas não! A industria farmacêutica não concorda, pois claro que não. Todos percebemos porque não. As farmácias não aderiram e recusam vender as unidoses. Todos percebemos porquê. Esta gente recusa-se a cumprir a lei, o que não é nada de novo num país onde só o povinho pobre tem que cumprir as leis...
Uma das industrias mais ricas e que mais factura no mundo não pode concordar com isto, pois claro que não! E o Governo faz-lhes a vontade, diz que vai estudar o assunto e lá para Agosto, se alguém ainda se lembrar disto, vai "fazer cumprir a lei" e ressarcir a indústria farmacêutica , leram bem, ressarcir, compensar o prejuízo à pobre indústria das farmácias...e nós continuamos na pagar, a comer e a calar!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

E pronto, eis-me aqui a desejar a todos e a quase todos também, um Feliz Natal :)

sábado, 5 de dezembro de 2009

Dizias

Dizias...

Dizias que era leve,

Nunca é leve o peso da vida

Dizias que era breve

Nem é breve,

Mesmo quando estamos de partida.

Colavas o teu corpo ao meu,

Sorrias com vontade de chorar

Que por mim morrias, que por mim matavas

Apenas o brilho dos teus olhos não me conseguia cegar.

Inventávamos sentimentos que nos amaciavam,

Que conseguiam acalmar a dor dos dia febris

Que são esses dias como ardis,

Do corpo e da alma

E do espírito,

Esse que nunca acalma.

Saciávamos apenas a carne moída, dorida,

Com gestos que, infâmes,

Carícias

Orgasmos

Palavras e silêncios…

Nunca é leve, nunca é breve,

o peso da vida.

Margarida S.