quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

What if I...






What if if…
E seu eu não fosse como me vêem?
Se não fosse alta e mais ou menos magra, fosse atarracada e gordinha? Se a minha pele tivesse rugas e uma verruga no nariz? Se cheirasse mal? Se não fosse inteligente, se não fosse o que sou? Já pensaram nisso? Gostariam de mim, como gostam?
Esta é a pergunta que muitos de nós colocamos, inúmeras vezes, quando já nem “podemos” connosco próprios, quanto mais vocês…
Às vezes queria ser baixinha, para não me verem, gorda, para os homens não me desejarem, rugosa e desleixada, para me deixarem em paz…burra que nem um calhau para a minha opinião não ser pedida por tudo e por nada, poder ir de pijama para a rua e ninguém dar por mim.
Exige-se demasiado às vezes. É-nos impedido ter um mau dia, não nos apetecer sorrir, nem estar linda e radiosa, porque, simplemente, não.
Temos que agradar a gregos e troianos, e ao marido e à mãe e ao pai, e ao colega de trabalho e à colega, que morre de inveja, porque as mulheres se detestam umas às outras, nunca percebi porquê, mas deve ser como as brujas, que las hay, las hay…
Temos que fazer amor, que sorrir, que estar penteadas, depiladas, liofilizadas, cheirosas, hidratadas, cuidadas, bem vestidas, sermos o cúmulo da inteligência, do bom humor, da sabedoria, do profissionalismo, sermos excelentes mães, avós, tias, primas , donas de casa e escritoras, e empresárias, quando tudo o que nos apetece é : “DEIXEM-ME EM PAZ, QUERO SILÊNCIO!!”
E pronto, este foi o meu desabafo do dia! Às vezes é só disso que preciso, para continuar a ser mulher. Às vezes…

M.S

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