quinta-feira, 20 de maio de 2010

Os médicos já me tinham avisado, várias pessoas também, mas claro, só com a experiência se vê o que realmente é. Viver com uma pessoa que tem Parkison é complicado. Principalmente quando é alguém relativamente novo e que amamos muito. A falta de dopamina no cérebro, algo que eu nem sabia até há uns 6 anos que existia, tornou-se uma frase comum cá em casa. E que falta que faz essa bendita dopamina. Sem ela a pessoa que dantes era alegre e linda e vivaça passou a ter uma cara "zangada" ( falta de mímica facial), parada e demasiado corada. E passou a ter que ser tratada quase como uma criança de 4 anos. Porque aquele cérebro não assimila as coisas, precisa de muitas repetiçôes, de muitas explicações, muita paciência. A lentidão é do pior. Tanto física como intelectual. É o que exige mais paciência, pois se numa criança a podemos pegar ao colo e dar duas palmadas, a um adulto não o podemos fazer. E cansa e martiriza, pois é a última coisa que queremos para alguém que amamos, a degradação, física e intelectual.
Portanto, a única alternativa é respirar fundo e sorrir. O caminho faz-se caminhando e sorrindo e nem todos os dias são maus, todos os dias há coisas felizes para se comemorarem.

Sem comentários: