sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Amy Winehouse


Ainda não tinha dito uma palavra sobre a Amy. Nem sobre a morte dela, nem sobre as circunstâncias, nem sobre nada. Esta mulher fascina-me. Sempre me fascinou. Aquela voz do além, aquele estilo de vida desenfreado, visceral, selvagem. Acho que era isso que me fascinava nela, ser tão visceral. Amar tão profundamente, viver tão intensamente. Claro que as pessoas nunca perceberam isso. Achavam-na maluca, bebêda, drogada. Também o era, mas era muito mais. Riam-se das figuras que fazia nos Rocks in Rio, nos festivais de verão, e não percebiam nada de nada. Quem a rodeava queria apenas ganhar dinheiro, mas ela era uma alma rara, sensível, profunda, incompreendida. Tenho tanta pena que ela tenha morrido, mas de um modo um bocado egoísta, é que não há voz que encerre todas as desilusões, todos os medos, todas a alegrias e todos os amores como a dela, e é dessa voz que sinto falta, precisava que ela vivesse mais uns 40 anos, para lhe continuar a ouvir o vozeirão, para me continuar a deliciar.

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