sábado, 4 de setembro de 2010

Preciso de férias

Ando cansada, muito. Nervosa, imenso. Durmo mal. Não tenho paciência para nada. Não posso mais ouvir a voz da minha mãe, a queixar-se de algo (queixar-se é a única coisa que ela agora sabe fazer), não posso mais ouvir falar na Casa Pia, no Carlos Queiroz, no Sócrates, nas coisas que se passam neste país. Sinto-me triste, nem ler me apetece lá muito, o que em mim indica que algo está mesmo mal. Tenho taquicárdia por dá cá aquela palha e tenho que respirar fundo mil vezes mais do que é normal. Não me apetece falar nem ouvir falar, falta-me assunto. Ando séria para caraças, o que também não é nada normal em mim. Precisava das férias que não tive este ano. Não tive tempo para sequer relaxar na praia, para apanhar banhos de sol e mar, para meditar, pensar na vida, ter momentos tranquilos só comigo própria, momentos esses que me fazem tanta falta como o ar que respiro. Pelo contrário, andei em hospitais, médicos, clínicas, com o coração nas mãos, cheia de ansiedade e cansaço acumulado. Digamos que embora não tendo sido horrivel, este não foi própriamente um dos melhores verões da minha vida.

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