sexta-feira, 23 de julho de 2010

Coisas da idade

Para dizer a verdade, na nossa cabeça os anos não passam. Aos vinte ou aos quarenta anos, alteramos muitas coisas na nossa vida, outras alteram-se por obrigação, mas a nossa personalidade mantém-se. Damos pelas mudanças no corpo, zangamo-nos com o quilos a mais, a perda de elasticidade na pele, os cabelos brancos, as dores nos ossos, a falta de energia para fazermos a trinta mil coisas a que estamos habituadas. Mas há coisas que eu noto também estaram diferentes. Por exemplo, adoro brincos. Ao longo da vida tive milhares deles. Compridos, curtos, de cores, de ouro, prata, de fancaria, qualquer coisa que fosse gira, marchava. Hoje em dia uso apenas um par, umas bolinhas de brilhantes, oferecidas pela minhã mãe. Com os aneis era o mesmo, tenho dezenas deles, mas uso apenas um de oro branco e brilhantes, oferecido pelo meu gajo.
Com a roupa passa-se o mesmo. Se dantes tinha 10 pares de calças, mais 20 vestidos, mais 50 camisas, mais 100 t-shirts, uns mais baratos que outros, mas nada de caríssimo, hoje em dia prefiro ter 2 ou 3 pares de calças, 3 ou 4 camisas, um ou 2 blazers, tudo mais clássico, mais caro e mais intemporal. Com as malas ainda sonho , tenho 4 ou 5 assim mais baratuchas, mas o futuro é ter apenas uma, das caras, que valham a pena e durem uns bons anos. E assim sucessivamente, vai-se pensando de forma diferente, optando mais pela qualidade, mais pelo clasissismo.
Pois é, a idade é uma coisa terrível!

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