segunda-feira, 16 de maio de 2011

Franja

Arriscaria dizer que um dos maiores problemas duma mulher é a franja. É um dos maiores dilemas andar ali no corto-não-corto- não-sei-o-que-faça, porque nunca estamos satisfeitas com o que temos. Normalmente o que me acontece é chegar à conclusão que tenho que deixar crescer, porque a dita cuja espeta, parece que tem vida própria, porque cresce que se farta e tapa-me os olhos, apanho o cabelo e tenho que pôr ganchos e ganchinhos, senão vem-me toda para os olhos, um sem fim de senãos que me leva a andar largos meses com uma franja que já não é franja, é assim o género duma pala, incómoda, maçadora, chatinha, que parece nunca mais ter o tamanho certo para se conseguir esconder atrás das orelhas, enfim, é um inferno. E quando, super mulher, lá aguento aquele martírio e a malandra já está grandinha e já nem é franja, já dá para fazer rabo de cavalo e ela nem cai, quando já passaram longos meses daquele penatório,  então começo a pensar que se calhar me ficava melhor uma franja, porque me favorece, porque me faz mais nova, porque me emoldura o rosto, blábláblá, arranjo logo mil desculpas para a cortar de novo. E tungas, uma vez curta, lá começa outra vez a vontade de deixar crescer, por isto e por aquilo, e andamos assim, em circulos, estação após estação. A minha franja, depois de muitos meses de sofrimento, já está enorme, portanto, está na hora de cortar...grrrrrrrrrrr

Sem comentários: